domingo, 12 de setembro de 2010

Dia dos pais e futebol

Como prometi não deixar passar nada, estou escrevendo sobre o que acontece desde o último post de julho até atualmente. Então lá vai. 

O Gabriel pela primeira vez foi escolher o presente do dia dos pais. Levei ele na Imaginarium, por que tem uma loja que não fica em shopping e como eu ia sozinha com ele, achei melhor fugir daquela agitação que é shopping antes de datas comemorativas. Foi a melhor coisa. Ele escolheu o presente, apesar de ficar dividido sobre o que realmente queria. Tive que dar uma ajuda e compramos um quadro-porta-retrato de pendurar na parede. Ele tem espaço pra 4 fotos e coloquei algumas desde quando ele era bebê até a mais recente. Ele se comportou direitinho, esperou pacientemente, até porque prometi um picolé em caso de bom comportamento.  No domingo, ainda de pijama, ele esperou o papai chegar da padaria pra dar seu presentinho, que era quase do seu tamanho. O papai adorou, só não pendurou até hoje. 


Meu papaizinho

Depois da Copa do Mundo, nosso filhão despertou um interesse maior no futebol. Ano passado ele fazia, mas parecia não ter um interesse de fato. Era mais uma atividade como as outras, mas não percebíamos que ele tinha entendimento das regras ou até do objetivo de um gol, por exemplo. Acho que depois de julho tudo ficou mais claro na cabeçinha dele, por isso resolvemos colocá-lo novamente e agora parece que está curtindo mais, prestando mais atenção nas orientações dos professores e o melhor é que está imitando o que os outros meninos fazem. Dá uma olhada no nosso craque.

Prestando atenção no colega

Fazendo pose pra mamãe

Conhecer para crescer

Há 3 semanas tive uma notícia interessante e inesperada: A Tatiana, ex-monitora da turma do Gabriel me ligou e me falou que o tema da sua monografia seria sobre Autismo. Na hora fiquei tão feliz e por vários motivos. Vi que a convivência com o Gabriel a sensibilizou sobre a importância de conhecer melhor sobre esse transtorno para assim ajudar essas crianças em sala de aula. Ela me perguntou se poderia relatar sua experiência com o Gab, e é claro que eu concordei. Será uma ótima oportunidade de disseminar informações entre outros profissionais da área da educação e isso, sem dúvida, é muito válido. Será uma oportunidade também de alguma forma ajudar outras famílias, por que ter alguém disposto a entender melhor seu filho é algo inestimável. Obrigada tia Tati, você sabe o quanto você foi importante no dia-a-dia do nosso garotão. Obrigada e boa sorte no seu estudo. Inspiração não vai faltar né?

Valeu Tati!!!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

As portas pararam de bater

Da última vez que postei, lembro de ter comentado sobre alguns comportamentos ruins que estavam presentes como, em momentos de raiva, o Gabriel querer bater nas pessoas, jogar o que vê no chão, bater as portas, etc. Coisas que irritam muuuito. Na semana seguinte, resolvemos usar a estratégia do reforço positivo. Como a Cíntia também a está usando nas sessões da terapia, achamos que seria um boa tentativa. E foi o que fizemos. Eu havia comprado há algum tempo um painel com ímãs para ajudá-lo na visualização das tarefas diárias, de forma que ficasse mais fácil pro seu cérebro entender a ordem delas (autistas são extremamente visuais e tem dificuldade de entender o sentido abstrato das coisas, para eles um desenho vale mais que mil palavras). Mas ficou encostado porque eu mesma fiz outro painel, com desenhos maiores. Tive a idéia de resgatá-lo do fundo do armário e qual foi a minha surpresa quando vi que o tema principal do painel era o personagem do “Go-Diego-Go”. Pensa se não caiu como uma luva, já que é a fixação dele nos últimos meses. O Diego e a “Dora Aventureira” são os desenhos preferidos dele no momento. Combinamos as regras então: Não jogar as coisas no chão, não bater em ninguém, não bater a porta. Ensinamos que quando ele estiver com raiva precisa ficar sozinho até que ela passe. Caso ele cumprisse tudinho, ganharia um íma por dia. Quando completasse 10 ímas, ele ganharia um prêmio. No primeiro dia não deu certo, acho que porque ele ainda não tinha assimilado as regras, mas no segundo dia, mudanças começaram a acontecer. Em alguns dias ele não ganhou e ficou triste de dar dó, mas quando ganhava, todo mundo fazia uma festa. Quando ganhou seu décimo íma resolvemos que o prêmio seria uma ida ao cinema. Levei-o para ver "Meu malvado favorito". Particularmente, acho que ele não entendeu muito bem o filme, mas o que importa é que todos aqueles comportamentos foram por água abaixo. Go- Gabriel- Go!!


Painel do Diego
A cara de felicidade ao ganhar o décimo ímã

....depois de tanto tempo

Gente realmente estou muito atarefada e quando penso em escrever aparece algo que preciso resolver pra ontem. Resolvi não deixar fazer aniversário de 2 meses sem postar e hoje FINALMENTE escreverei sobre o que tem acontecido com a gente nesse meio tempo. Tenho muitas novidades pra contar, mas vou dividir em vários posts pra não virar um samba de crioulo doido.