quinta-feira, 11 de agosto de 2011

7 anos

Hoje lembrei de quando estava grávida e ainda não sabia do sexo do bebê. Pedia muito pra Deus que ele (ou ela) fosse muito feliz. Pedia sabedoria pra ser uma boa mãe e poder ajudar meu filho (ou filha) nessa busca. Quando descobri que era um menino, meu desejo continuou. Em meio ao meu choro de felicidade, pedia felicidade pro meu menininho. Só desejava FELICIDADE pra ele. Na mesma hora projetei sua vida em um minuto. De pequeno a um grande homem. Imaginei ele andando, correndo, crescendo, indo à escola, namorando, casando...exatamente, deu pra pensar tudo isso em um curto minuto. Foi um momento só meu. Chorei timidamente e cheguei até a soluçar. Não tinha nenhuma preferência em relação ao sexo, mas ter um menino mexeu muito comigo. Fiquei mega feliz. Ainda lembro da temperatura do seu rosto ao encostar no meu poucos minutos depois dele nascer. Sinto o mesmo calor, quando fecho os olhos e lembro do dia em que o conheci. Não fomos apresentados formalmente e nem precisava. Ele chegou e ocupou o seu devido espaço. Que emoção, que mágico, momento incomparável. Só quem é pai/mãe pode entender a intensidade desse momento. Um milagre na minha vida (hoje sei o porquê). Pronto, a vida mudou. Não vivia mais só pra mim e meu marido. Vivia para ele também. Surreal e ao mesmo tempo tão palpável. Virei mãe de vero. Quando ele era um bebê, ficava pensando com meus botões em como ele seria quando tivesse uns seis ou sete anos e achava que isso estava muuuito longe de acontecer. Muita gente diz que filho não cresce aos olhos de mãe, que é sempre um bebê. Começo a concordar com isso. Minha tendência é acreditar que ele ainda não cresceu, mas quando vejo o tamanho da sua mão ou de que não precisa muito esforço pra ele me abraçar pelo pescoço, mudo rapidinho de idéia. Ele tá enoorme. Crescido, magricelo (seletividade alimentar cada vez mais apurada) e com um sorriso maroto como de quem diz: mamãe, pode desistir, não adianta me enganar, sei que você tá tentando me enrolar! É isso mesmo, foi se o tempo em que meus simples argumentos o convenciam. Agora preciso de provas concretas e substanciais de que estou falando verdade. C.S.I. é pouco pra convencê-lo. House que se cuide. Agora, não satisfeito com assuntos terrestres, anda falando de seres interplanetários e de seus planetas de origem. Figurinha. Nos divertimos com suas descobertas e seu modo de ver a vida. Ficamos encantados com sua tão valiosa evolução. Choramos de alegria ao vê-lo montar uma frase antes não dita ou uma reação nova frente a uma situação   repetida. Mas esses são assuntos pra outros posts. E esse é o meu garoto, que no último dia 19 fez 7 anos. 7 anos de sentimentos profundos e intensos, de conhecimento e aprendizado, de alegrias e incertezas, de pressa e serenidade, de realidade dura e projeções suaves. É isso mesmo, e continuo projetando. Eu e minha ansiedade diária. Pensando, imaginando o seu futuro. Ao meu lado, ao lado do pai e irmã, ao lado da família, dos amigos, dos profissionais que cuidam dele, enfim de todos os que, por uma coincidência da vida, tem a oportunidade de conhecer e conviver com meu pequeno-grande amor. E eu que pedia felicidade pra ele... no fundo, felicidade ele nos dá todos os dias. Obrigada filho, você é quem me faz muito FELIZ. Parabéns...te amo.

No dia em que nos conhecemos pessoalmente 
Beijo beem no alto

Amo esse sorriso

Companheiro de todas as horas

Um irmão carinhoso

Meu pequeno-grande

Meu sonho, real.