Ontem foi um dia difícil. Começou com o Gabriel não querendo sua vitamina matinal (fruta e leite). Não teve quem ou o quê fizesse ele tomar. Saiu de casa sem comer nada. Quando fui buscá-lo na escola vi que não lanchou também. Fico aflita por ele não ter apetite. Parece que vive de luz! Ainda bem que no almoço ele se redimiu e comeu todo seu prato. Mas também pudera, já passava das 2 da tarde quando resolveu almoçar: arroz, feijão, frango grelhado, vagem, cenoura, tomate, alface, repolho e até beterraba. Fiquei mais tranquila. A tarde o levei pra psicóloga. As sessões de psicoterapia do Gabriel acontecem em 4 horas semanais divididas em dois dias, na segunda-feira e no sábado. Ontem a sessão foi conturbada. Ele já saiu de casa dizendo que não queria ir. No caminho dormiu e chegou lá contrariado. A psicóloga (Cíntia) falou pra eu ir embora e fui. Só ouvi ele chorando e dizendo que queria ir também. Meu coração apertou, mas segui as orientações dela. E como tinha que passar na farmácia homeopática, resolvi fazer isso para preencher o tempo da sessão. Quando voltei pra buscá-lo, ele estava na porta me esperando. A Cíntia disse que não tinha trabalhado com ele por que ele havia batido e a beliscado. E que depois de alguns minutos ele viu que ela estava no computador e resolveu "obedecer", como se nada tivesse acontecido. Tudo para poder ir pro computador também. Daí ela explicou que as coisas não funcionam na hora que ele bem quer e que sempre vai "perder algo" se não se comportar. Ela pediu para ensinarmos ele a conversar, a expressar os seus sentimentos quando estiver triste, com raiva ou quando quiser algo. Pediu para falar que os animais é que brigam pra conseguir as coisas, porque eles não sabem falar e que as pessoas não batem nem beliscam e sim conversam para conseguirem algo. Parece que o descontrole dele foi bem intenso. Quando ele age dessa forma o melhor a fazer é dar um tempo para ele se acalmar. Enfrentá-lo é pior porque parece que ele nem ouve e invariavelmente ele parte para a agressão. É algo incontrolável e impulsivo. Quando não agride, joga o que tiver na frente no chão ou bate as portas. Os vizinhos sabem bem o que é isso. A orientação da psicóloga é ignorar, o que é algumas vezes uma tarefa difícil. Estou tentando me controlar. É um exercício diário de paciência. Deus sabe o que eu e Gustavo sentimos. Tentamos nos revezar, mas chega uma hora que os dois cansam. Mas enfim, no final das contas, vamos nos reunir na quarta para traçar novas estratégias (ou reforçar as que já existem) e tentar estabelecer uma linguagem única, porque eu e Gustavo temos reagido de maneiras diferentes às atitudes dele. Torçam para que a gente consiga melhorar nesse ponto. Depois da sessão quis que o levássemos pra comer sanduíche. Dissemos "não", pois se concordássemos estaríamos premiando seu mau comportamento. Conclusão: fomos jantar em casa.
Ufa, meus queridos, que luta hein!! Mas vão seguindo que temos muito chão pela frente!! Estou torcendo para que vcs consigam estabelecer uma estrategia unica pra facilitar a vida de vcs e a dele...
ResponderExcluirUm beijo grande, muita fé, paciência e perseverança!
Ontem naquele programa da Supernanny, ví uma coisa muito legal! As crianças que a Jo estava tentando disciplinar, eram muito agressivas entre elas e com os pais. Então ela, pegou uns pratos destes de plastico de festa de aniversario, colou umas caras com aquela carinha amarela do Smiles com as expressões: triste, alegre, feliz, raiva, e outras, para as crianças mostrarem aos pais o que estavam sentindo, pois elas não sabiam se expressar e colou um palito de sorvete atras, como se fosse um pirulitão...Achei interessante, será que com isto, ele procuraria mostrar os sentimentos dele e vcs perguntariam o porque deste sentimento?Acho que li algo a respeito no livro que vcs me emprestaram! Fica a sugestão! Bjks!!
ResponderExcluirQueridos,
ResponderExcluirum de meus filhos mais moços tinha ataques de raiva que duravam 40 minutos, durante os quais era impossível falar com ele. Usamos a técnica sugerida pela Cintia e funcionou, mas demorou!
Ele ficava vermelho, gritando e eu me afastava. Quando ele se cansava, eu me aproximava. Depois conversávamos sobre a necessidade de auto-controle. Que assim não ia conseguir nada do que desejava. Que sentir raiva era normal, mas agir com raiva e magoar as pessoas não. Assim que essa distinção foi assimilada, as coisas começaram a melhorar.
Ensinei a respirar lentamente para se acalmar. Mas isso não pareceu lhe ajudar. À noite, antes de dormir, pedia que fechasse os olhos e imaginasse lugares bonitos, no campo ou na praia, as ondas batendo devagar; coisas assim, para treinar a imaginação, criando ambientes de tranquilidade.
Hoje em dia, meu rapaz é até calmo. As crianças respondem bem. Vocês estão num bom caminho. Beijos,s.